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segunda-feira, 20 de março de 2017

A pomba, a mãe

Não tinha prole, o marido faleceu
Recebeu bens de herança e uma pomba
Aleijada para criar como sua filha

Ninguém entendia o zelo, aquele amor
Foi então que um dia:
- Esse foi o maior elo que me deixou

Eram mimos, entusiasmos, alegrias
A voz sempre emocionada
- É a minha pombinha, é a minha mocinha!

Ninguém entendia a dor, aquele sofrimento
E foi nesse dia:
- Deu cria a um ovo quebrado, morreu

Era de todo pesar, tristeza e incompreensão
A voz que sempre sorria:
- Enterrei ontem o último suspirar, a minha paixão
Enquanto as lágrimas escorriam


As cascas de sentimentos craquelados
Foi assim que a pomba mostrou o amor
Empatia pelo sentimento da mãe, o elo
De um dia perder o que se cria


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